abril 23, 2013

As m***as que os famosos falam.

Li um texto falando sobre São Jorge (comemora-se hoje, 23 de abril) e falando sobre o preconceito que existe na idolatria de imagens. Como não poderia deixar de ser, relaciona-se a história desse Santo Guerreiro com Ogum e o fato dos escravos usarem imagens católicas para cultuar suas divindades sem o castigo dos seus senhores.
Nada mais oportuno falar disso, nesse dia, e ainda pregar de bom moço, de quem é mente aberta e não tem preconceito. Deixaram a bola na área e ele chutou para fazer o gol. Mas errou; "errou feio, errou rude". Lá pelas tantas do texto ele solta a maior pérola, algo mais ou menos assim "sou agnóstico, e isso me dá a liberdade de procurar o melhor em cada religião". Não sou perito em línguas, mas até onde eu sei agnosticismo é ligar para existência ou não de uma divindade porque não se tem como provar isso. Procurar o melhor e a integração das religiões é ecumenismo, ou mais próximo a ecumenismo que a agnosticismo.
O infeliz publicou o texto na Internet, custava ir ao Google e pegar o significado das palavras e conceitos?
Mas não, ele não precisa, ele é famoso e pode falar o que quiser, não precisa estar certo, não precisa ter lógica, não precisa nada além de falar o óbvio, falar contra preconceito, falar de tolerância num momento oportuno. Dói ler certas coisas, dói saber que muita gente vai reproduzir erros porque algum famoso disse. Dói saber que não adianta nem tentar esclarecer.
Você vê a besteira e tenta dizer o certo, você é invejoso, vem aquele pessoal fãzoca, cego igual ao mais fanático dos religiosos, dizer argumentos imbatíveis como "ele é rico, e você?", "você pega mais mulé que ele?" e coisas tão inteligentes quanto.
Acho que eles merecem, merecem ser burros, não ter informações e ter uma visão do mundo limitada. Tanto o boçal que escreve m***da e é incontestável só porque é famoso, quando o fã que não filtra nada que o ídolo diz. Única coisa que eu queria é que no final da vida deles a visão deles se abrisse e eles vissem o que perderam olhando sempre para os próprios sapatos.