julho 24, 2011

O Direito de Dizer Não - Um Desabafo

Tenho dito aqui desde sempre que não sou do tipo atraente, não tenho boa lábia nem carro chamativo, ainda assim tenho tido alguma sorte e vários azares com as mulheres. Com o tempo, tenho conhecido e me relacionado, em diversos níveis, com várias mulheres e deu para conhecer alguma coisa delas. A mais importante é: nenhuma mulher pensa igual. O que uma gosta, o que funciona com uma vai gerar o ódio mortal da outra. Elas sempre são e serão desconhecidas.
Ainda com essa diferença absurda, alguns comportamentos são padrão na maioria das mulheres, o que torna a missão um pouco menos impossível de nos relacionarmos com elas.
Adoro alguns comportamentos, mas geralmente eles vêm com uma contraparte que não os fazem valer a pena. Um dos exemplos é mulher que se diz segura e descolada (sic) quanto à sexo. Só dizem, no final são as mais românticas que existem. Acham que sexo não têm nada demais, mas só se for com aquele príncipe encantado. Prefiro aquelas que não escondem estar em busca de um relacionamento àquelas que usam as pernas como uma armadilha para prender alguém. Mas não é disso que eu quero falar.
Essas mulheres seguras e descoladas (termo ridículo!), via de regra, se acham a última bolacha do pacote quando, na verdade, não são nem o pacote todo de biscoito genérico. Mais bonitas e mais legais que elas existem aos montes, e muitas sem estar em relacionamentos. Humildade zero. Pois bem, mulheres assim normalmente se interessam por um infeliz (chamar a atenção de gente assim acaba com a felicidade) e pronto. Não importa se ele está em um relacionamento, não importa se ele está a fim, não importa mais nada: ele tem que largar tudo e ficar à disposição. Pior, ele tem que mudar seu jeito de ser para ser submisso exatamente como ela quer, fazer o que ela quer e pensar como ela quer. Em suma, dar adeus à vida.
Alguns percebem a armadilha e tentam contornar, já que fugir fica impossível. Na primeira tentativa de fuga começa o cerco. O que era um discreto flerte ganha os jornais, todas as amigas dela sabem que ele é "o prometido", os amigos deles começam a saber para fazer pressão psicológica "vai, pega logo" e, então, o golpe mais baixo: as amigas dele ouvem boatos que tem uma mulher apaixonada por ele e é questão de tempo isso virar namoro. Um boato mentiroso, óbvio, mas claro o suficiente para acabar com as chances de qualquer uma que ele esteja interessado.
O infeliz perdeu.
Então, derrotado, ele vai para o sacrifício: sai com a garota. É o pior que ele pode fazer. Não importa qual motivo que o fez fazer essa besteira: pena, pressão dos amigos, esperança que ela pare de encher o saco, para ela é uma coisa só: ele finalmente caiu de amores pelo seu (des)encanto. Um telefonema, um chopp, um beijo forçado (e mulheres sabem como forçar a barra para que a beijemos) é interpretado como promessa de casamento.
No mundo dela, só no mundo dela.
No mundo real ele acha que está livre, não liga, não manda nem sequer um SMS, trata friamente para mostrar claramente que não está afim. Foi só aquilo e dê-se por satisfeita.
Aí começa a pior parte. Desprezada, mas não surpresa, começa a campanha de difamação dizendo que ele é canalha, que é má companhia e, em alguns casos, até afeminado. Afinal, só um boiola para não cair de amores por tão apaixonada e oferecida beldade. Ela começa a espalhar, puramente por recalque, mentiras sobre o que ela mesmo sente como forma de enganar o sentimento de rejeição que sente. Isso tudo porque no início não aceitou o "não, não quero você" como resposta.
Alguns homens, eu incluso, sabemos que temos o direito de dizer não. A situação descrita acontece várias vezes diante de nossos olhos e a menina, normalmente bonita, acaba gerando um comportamento repulsivo maior que a atração física que ela possa ter. Mulheres têm que aprender que homens podem dizer sim ou não, estar ou não interessado. Entender e aceitar isso como um fato.
Homens não são só atraídos pelo físico na hora de começar um relacionamento sério, para uma única noite, qualquer uma serve, mas para algo mais sério... Por isso que eu vejo várias mulheres assim, lindas e encalhadas.

julho 21, 2011

Ás Vezes...

Às vezes, penso eu, minha vida seria mais fácil se eu fosse um pouco mais transparente, me expusesse mais ou pelo menos falasse mais do se passa na parte onde poucos têm acesso. Às vezes eu queria que as pessoas olhassem menos para o próprio umbigo e lessem melhor os sinais de quem escolheram para conviver. Já fui transparente, me expunha, não deu certo. Vejo gente indo pelo mesmo caminho e nunca dá certo, mas essas pessoas, tolas, esperançosas ou corajosas, nunca mudam.
E sempre estão sofrendo.
Decidi não sofrer pelos outros. Se tiver que sofrer, seja pelas minhas más escolhas, por falar demais ou de menos. Já acho que me mostro o suficiente para saberem quando e onde eu sou sincero, como penso e o que sinto.
Se hoje ninguém mais presta atenção em um olhar, um gesto, não entende um ato de atenção e carinho eu fico triste. Por elas. Que sempre acham que ninguém as quer, que ninguém se importa quando, na verdade, estão tão concentradas em sua própria solidão que não conseguem ver quem quer ser uma boa companhia, quem quer ficar ao lado, e falam que hoje ninguém se importam com ninguém. É o egoísmo, não "se importar com ninguém" passou a significar "não me paparicar".
Penso em mudar algumas vezes, ser igual a todo mundo, mas lutei muito para ser emocionalmente independente e não vou por todo esse esforço a perder. Sei que não é fácil todo o tempo, mas é muito bom saber que minha felicidade não depende de alguém fazendo todas as minhas vontades.