fevereiro 23, 2011

Sexo

Sim, vou falar de sexo. Não do ato sexual, mas das pessoas que são obsecadas por isso. Parecem que não vivem sem, não pensam em outra coisas e não fazem outra coisa. Bom, normalmente gente assim não faz mesmo.
Nunca achei sexo essas coisas... tá, é mentira, sexo é bom, mas não é essencial, para mim não é um vale tudo entre quatro paredes. Tenho minhas preferências, coisas que não gosto e coisas que não faria de jeito nenhum e sei que as meninas também têm as delas. Só é legal para mim quando é legal para ela. E isso nem é conversa mole para pegar alguém, até porque ninguém vai querer sair comigo pelo meu blog mesmo...
Mas gosto de observar comportamentos. Observo, anailso, catalogo... e me divirto com pessoas que colocam o sexo acima do oxigênio. É engraçado porque, geralmente, essas pessoas que tanto falam são super reprimidas, por um motivo ou por outro. Além do que, não confio em pessoas monotônicas.
Tem uns manés que ficam repetindo frases feitas tipo "todos os meus relacionamentos são para valer...", "nunca fiquei com ninguém só por ficar..." e outras baboseiras que só a mulher sendo muito, muito burra para acreditar. Mulheres dizendo que fazem e acontecem, que nos deixam na maior expectativa e na hora H não é nada daquilo, é decepcionante porque quem muito fala, invariavelmente, só faz o básico e nem isso faz direito.
Fazer caras, bocas, gemer alto não me convence. Quero ver me fazer fazer isso, aí sim...
Também tenho pena dos caras que parecem desesperados e aceitam qualquer coisa, gastam elogios e aceitam esculachos por uma promessa de sexo com alguém, promessa essa que nunca será cumprida. Perdedores.
Não sei se eu, que nunca fui pegador, sou feio, chato e pobre, sempre tive sorte e acabo sempre conseguindo alguma companhia feminina e a maioria - não todas - das mulheres que saí me "trataram bem" ou esses caras são muito azarados, não têm auto-estima ou são muito manés (ou tudo junto) e nunca pegam ninguém e acham que sexo uma vez por mês é o suficiente, sempre rastejando por uma migalha. Difícil entender.
O fato é que acho triste, mesmo, quem coloca sexo como primeira coisa na vida e nunca consegue ter isso como prioridade, seja por ser reprimido/a ou por não conseguir parceiras/os.
Mesmo com pena, me diverte as tentativas dos fracassados se passarem por fodões quando, na verdade, não são de nada.

fevereiro 12, 2011

Rock in Rio: A Esperança

Não pude ir no Rock in Rio I pois era muito pirralho (9 anos, por favor, não façam as contas) e no Rock in Rio II pois era um duro. Ainda sou um duro, mas agora um pouco menos. Mesmo não tendo podido ir à essas edições do RiR lembro muito bem o efeito que ela teve no gosto musical do povão. O Rock, de repente, passou a ser moda.
Como tinha público, tínhamos duas ou três rádios no Rio especializadas em rock. Rock de verdade, não só pop disfarçado. Hoje, se temos uma de pop e uma de dance é muito, o resto se divide em evangélicas, pagode e funk. Não ouço rádio a anos por causa disso.
Mais do que só um fenômeno de rádio, o público passou a querer ver suas bandas preferidas ao vivo e, finalmente, o Brasil passou a entrar no mapa das turnês de diversas bandas.
Ouve um boom de novas bandas, de metal inclusive, onde as de maior renome foram Sepultura e Angra, sendo muito conhecidas e respeitadas no exterior e dividindo palco com ícones como Iron, Metallica, Motorhead, etc. Bandas de garagem também arrumaram lugares para suas apresentações e quase todo bairro tinha um barzinho com shows autorais, hoje só vemos covers. E covers de músicas com dez, quinze anos. Ninguém quer formar uma banda com material próprio pois não tem como divulgar.
Aproveitando ainda esse fenômeno de público Rio e São Paulo passaram a promover festivais anuais, sendo os dois maiores o Free Jazz Festival e o Hollywood Rock. O Free Jazz Festival, como o nome indica, era mais eclético, passeando pelo pop, rock, blues e o o Hollywood Rock realmente de Rock. Tanto Free quanto Hollywood eram marca de cigarros. Tinhámos, também, o Monster of Rock, mas esse só em São Paulo.
B. B. King, Jamiroquai, Smashing Pumpkins, White Zombie, RHCP (no auge), L7, Nirvana, Rolling Stones, Page & Plant, The Black Crowes e outros, muitas outros foram trazidos pra cá até que algum idiota achou que alguém começaria a fumar só para ver sua banda preferida num show desses. Ainda volto ao assunto. Tocaram em turnês Anthrax, Body Count, Pantera, Metallica, Oingo Boingo... Sempre com ingressos muito caros mas, mesmo assim, com excelentes públicos.
Com a proibição idiota de propaganda de cigarros em eventos culturais, veio o fim da maioria de festivais e o rock sumiu, mais uma vez, da atenção da mídia. Em seu lugar o Axé, Pagode, a excrescência do Funk Carioca e, mais recentemente, o Forró e Sertanejos Universitários (sic) viraram modinhas.
Nem é preciso dizer como isso acabou com o surgimento de novas bandas nacionais e as bandas mais experientes sobrevivem tocando seus hits de 20 anos atrás.
Com a quarta edição do Rock In Rio, de volta ao Rio, mesmo descaracterizado em nome do capital (Claudia Leite Rock? Rá!) ainda me dá uma pequena esperança. Com a economia um pouco mais forte, tenho a esperança que a resposta do público junto com o festival SWU - já na segunda edição em SP - faça o rock nacional renascer mais uma vez com a força que outora teve, com festivais e mais datas de bandas importantes no páis, e não datas únicas como vemos hoje, com o surgimento de bandas novas e de novos palcos para suas apresentações.
Por outro lado, tenho medo. Acho que se não for dessa vez, nunca mais vai.

fevereiro 06, 2011

Naturezas Humanas

Todo mundo tem sua própria natuereza, seus valores, seu caráter e tem que aprender a conviver com isso. O problema, para alguns, é quando se tenta agir de outra forma, por um motivo qualquer, que vá de encontro a própria natureza.
O resultado é um só: falha. Não podemos ir contra nós mesmos, nos desrespeitar, resumindo, sermos outras pessoas por muito tempo. Nossa natureza sempre vence.
Algumas pessoas, eu incluso, aprenderam a conviver bem com as qualidades e todos os defeitos que têm e levam a vida sem maiores problemas. Outras, por valores morais, por pensamentos que acham certo ou qualquer outro motivo, tentam mudar seu comportamento natural e vivem sempre numa tensão entre o que querem fazer e o que acham certo fazer.
Não acredito em qualidades e defeitos, eu acredito em caracterísiticas. Algumas nos favorecem, outras não.
Mesmo sabendo o resultado, admiro um pouco pessoas que tentam mudar o seu próprio comportamento. O problema é que muitas vezes o esforço é tão grande e por tanto tempo que até achamos que aquele comportamento fake é o verdadeiro e, quando a real natureza vence - e ela sempre vence - nos decepcionamos.
Por isso que sempre procuro conhecer a natureza da pessoa, não seus valores ou motivações. Valores e motivações são fatores externos, a natureza humana é intrinseca, é o que norteia as ações dela. Uma vez conhecendo, podemos prever os comportamentos de qualquer um na maioria das situações.
Pessoas não mudam.