abril 27, 2009

Repercussão

Por causa dessa brincadeira um monte de fã de pagode vem, ainda hoje no meu blog, encher o saco. Esse post foi em 2004, mas parece que só agora o fã clube oficial do dito marginal conseguiu entender a piada. Cinco anos, nada mal para pagodeiros.
Enfim, o que mais me impressiona, além do flagrante anafalbetismo deles, é que os argumentos se resumem a "ele tem e você não tem" (Ele tem o que você deu para ele, babaca, e não compartilha. Logo você "não tem" igual a mim), "ele é bonito" (O que esperar de fã de pagode? Bom gosto?) e "invejoso" (Como se eu fosse ter inveja de quem gosta de pagode...).
Para muitos senso de humor é quase associado à inteligência. Cada dia eu fico mais convencido que não é só uma teoria, mas uma verdade científica. Como podemos ver pela forma que está nos comentários  - eu não apaguei nenhum, me fazem rir - esse povo não tem o mínimo senso de humor.
Agora, defender traficante só porque é famoso, como se fama fosse indulgência para se quebrar as leis, ou só porque é rico e famoso, é muita falta de discernimento.
Algumas pessoas têm um conjunto de valores além dos monetários. Outras aquém.

abril 09, 2009

I Love it Loud!

Existem certas obrigações que temos que fazer, uma vez na vida ao menos, antes de morrer para chegar do outro lado com a consciência tranqüila. Cada um tem um Meca pessoal. Ontem eu fui à minha.
Algumas coisas, durante essa peregrinação, nos perseguem, lembranças esquecidas aparecem como as vivenciamos no momento em que ocorreram. Ainda lembro de um domingo, no início de 1983, na época que o Fantástico era pertinente, uma reportagem especial sobre uma banda que estava vindo ao Brasil pela primeira vez. Lembro de ver um quarteto com rosto pintado e roupas estravagantes tocando uma música alta, pulsante, agressiva. Lembro do quanto eu quis ir a esse show sem ter nunca ouvido outra música dessa banda.
Eu tinha seis anos e meus pais, ainda que eu pudesse ir, consideravam rock and roll coisa do Diabo.
O clipe de I Love It Loud me mudou para sempre. Comecei a querer saber mais sobre aquela banda e aquele tal de rock and roll. Daí foi um pulo para conhecer Iron Maiden, Black Sabbath, Deep Purple. Tudo o que sou hoje, meus gostos, minha personalide, a maneira como penso e enfrento meus problemas se deve àquele domingo, àquele clipe, àquela música.
Ontem estive em Meca. Minha Meca foi na Praça da Apoteose, um reduto do samba que por duas horas virou terreno sagrado do Rock and Roll. O Kiss estava lá, as roupas, as botas plataformas, a maquiagem, os fogos e a pirotecnia. Tudo o que em outras bandas, outras pessoas seriam motivo de risos e que neles fica especial. Cada música, cada firula estava perto do paraíso. Cada fã que passava com o rosto maquiado como a banda estava, comigo, às portas do paraíso.
Finalmente vi e ouvi I Love it Loud ao vivo. Estava lá... estava lá... não há palavras que possa explicar o que eu estou sentindo agora nem o que eu senti na hora.
Missão cumprida. Já fiz o que eu queria fazer na vida, o que vier é lucro.