junho 13, 2008

Mundo 24 Horas

Hoje quase tudo funciona 24 horas. Habib's 24 horas. Bancos 24 horas. Lanchonetes 24 horas. Até algumas academias 24 horas. Isso é ótimo para aquela parcela da população, na qual eu estou incluído, que se sente melhor a noite que de dia. Que não gosta de sol, claridade e multidão.
Mas o que precisamos mesmo que funcione a noite e de marugada não funciona. Muitas vezes nem final de semana. Bancos, por exemplo, a maioria das pessoas trabalha de 8:00h às 17:00h e só por causa disso o atendimento bancário é de 10:00h às 16:00h, ou seja, ou tu resolve no auto-atendimento ou não resolve. Mesma coisa para serviços públicos. Eles fazem isso de propósito para ninguém nunca ir lá.
Mas o que eu queria mesmo é uma escola com aulas de madrugada. Sério. Já trabalhei de madrugada é é um horário ótimo. Sem estresse de trânsito, clima mais agradável e pessoas notívagas são melhores companhias.
Sem contar o tempo durante o dia para resolver a própria vida nos bancos e repartições públicas da vida.

junho 10, 2008

Convivência e perspectivas.

Morar e bairros longe do centro da cidade já é ruim, imagina então morar em sub-bairros. Não digo ruim nem tanto pela falta de opções decentes de lazer, ou pela distância do centro, das praias, dos shows. O pior mesmo são as pessoas que moram em lugares assim. Muitas delas têm caráter e principios irretocáveis, outras nem tanto, como em qualquer outro lugar. O problema é a mentalidade, pequena e atrasada como o lugar onde moram.
Fico impressionado sempre quando vejo jovens, com quase vinte anos que não conhecem o próprio centro da cidade, que acham que um bairro com 100 mil habitantes, um shopping e duas casas noturnas que tocam exatamente a mesma coisa para as mesmas pessoas um lugar de sonhos.
Chega a ser triste ver como essa galera não liga ou não sabe o que é futuro, o que é diversão, como seu mundo se resume a tomar cerveja na pracinha local ao som de algum Chevette 78 rebaixado. Sei lá, pode até ser preconceito (e é um pouco) mas não consigo classificar isso como vida. É muito pobre, é muito pouco.
Tem horas que me sinto como um estrangeiro, ou melhor, um viajante no tempo tentando explicar o funcionamento de um DVD a um neanderthal. É interessante a maneira com que eles se fecham em um mundinho e, por medo ou ignorância, simplesmente desprezam a existência de outros lugares além ta tal praça com o som do Chevette.