outubro 31, 2006

Desanimei.

Tudo começou com um post no orkut, já em tom de indgnação.
"Daqui a pouco vai ter gente defendendo a tese que "não há poder sem corrupção" usada por um professor PTralha conhecido meu para justificar o mar de lama que está aí.
Usada várias vezes diga-se."
Em relação a esse post vieram as mais estapafúrdias respostas. Os mais variados clichês tipo: "Não há poder sem corrupção"; "Vcs acham que com Alckmin não iria ter corrupção ?" (sic); "Já ouviu falar em paises orientais onde se cortam a mão ou o dedo sei lá ,do corrupto?E ainda assim há corrupção!" (sic).
O erros de espaçamento entre os pontos, e o linguajar de internet foram mantidas tais quais as originais.
Sim, é isso. Professores justificando a corrupção. Professores que deveriam dar exemplo, mostrar valores éticos aos seus alunos aceitando passivamente a situação que está aí em nome, talvez, de uma ideologia. Que ideologia é essa que se sobrepõe a valores morais básicos? Não entendo. Sou inocente demais.
Agora eu pergunto: com toda essa leniência com a corrupção política, que moral, esses colegas têm, de tirar a prova de um aluno que cola? Não é uma corrupção menor?
Com esse pensamento, aceitariam dinheiro para dar pontos inexistentes aos alunos que oferecerem (não é uma interrogação). Só resta fixar o valor.
E depois reclamam da educação. Como dar exemplos de ética quando defendem veementemente a falta dela?
Não estou com raiva ou revoltado. Estou triste e enojado.
Desanimei da educação. Espero conseguir encontrar outra coisa para pagar minhas contas.

outubro 30, 2006

O bom-senso está em extinção

_O que você está fazendo?
_Lendo.
_Também não estou fazendo nada (aí começa a perturbar).

Depois ainda acham que falamos difícil só porque usamos várias palavras com mais de três sílabas.

O Orkut e a curiosidade alheia.

Sabemos todos que temos acesso a internet, mesmo que pela primeira vez, que o que colocamos sobre nós no Orkut está sujeito à visitação e a curiosidade pública. Até aí tudo bem, é só tomar conta do que se vai colocar e em que comunidades vai entrar. Tomando esses cuidados é fácil mostrar apenas o que queremos e esquecer os podres.
Ninguém que queira privacidade vai entrar em comunidades do tipo "Ouço Britney e me transformo" ou "Viva o Chá de Trombeta". Óbvio.
Só que não podemos controlar o que escrevem pra gente - scraps e testemunhos. Podemos apagar, não controlar. E eles ficam abertos a curiosidade pública. Devo assumir, apago alguns que considero pessoais demais para ficarem na internet e deixo o resto. Dane-se. A vida é minha. Até aí isso não seria problema se não fossem os outros lendo e interpretando da maneira como querem.
Como professor é meio óbvio que vários alunos deixem recados e testemunhos. Alguns sinceros e alguns por mero puxassaquismo mesmo. Aí vem gente de fora que fica futucando o perfil alheio e inventando coisas. Ou isso é muita falta do que fazer ou é ter a mente muito pequena. É achar que uma troca de scraps entre porfessor e aluna quer dizer algumas coisa. Quem pensa assim é porque já fez isso e acha que todo mundo é igual.

outubro 28, 2006

Eleições - o último post, espero.

Com toda essas discuçoes sobre as eleições, me desdobri um patriota. Quase um nacionalista.
Medo.

outubro 21, 2006

Esmolas e oportunidades.

Todo mundo sabe que quem recebe menos de dois salários mínimos vota maciçamente em Lulla. Todo mundo fala isso mas nunca se fez a pergunta do "por que?". Nunca perguntaram isso, talvez, porque a resposta e muito simples e depõe e muito contra o brrasileiro.
Brasileiro é um povo estranho. Odeia tudo que é bom feito no Brasil mas basta se criiticar qualquer uma de suas miitológicas qualidades para arrumar briga. Fala para um brasileiro que ele não é hospitaleiro, feliz ou que não saiba jogar futebol. Fala. É briga na certa.
Olhando os programas políticos da petralhada e da tucanada cai mais um mito nacional. Mas ninguém pode falar nisso. Enquanto os tucanos dizem que vão manter a esmola estatal, mais em contrapartida criar oportunidades para que os beneficiados tenham uma ocupação digna e passem a conseguir seu próprio sustento, a petralhada acena com a esmola sem nenhuma contrapartida, apenas votar na petralhada. E elles têm conseguido sucesso.
Está exatamente aí a queda de mais um mito, o de povo trabalhador. Está mas que provado que brasileiro adora peixe, mas odeia pescar.

outubro 18, 2006

O McDonald's, o imperialismo e os comunistas de boutique

Acho engraçado como o povinho revoltado paranóico anti-americano, ops, anti-estadosunidense ataca o McDonald's. Eles falam com uma ojeriza dessa rede como se eles fossem o Satã em forma de hamburguer. Não vejo nada demais em fazer comer um Bigmac. Demais só o preço.
O bom de se comer algo no McDonald's é saber o gosto que a comida vai ter em qualquer lugar da cidade. Paga-e caro pela segurança de saber que se come e pela rapidez. Pena que a batata de lá é horrível. O que há de mal nisso? O McDonald's do Brasil nem americano é. É apenas uma franquia com donos brasileiros que dão emprego digno a brasileiros jovens.
Trazem para o Brasil investimentos, arrecadação de impostos (para pagar o mensalão pelego) e, muitas vezes, dão a primeira oportunidade de emprego às pessoas.
O que esse pessoalzinho da esquerda-canhota-comunista quer? Que a rede saia da Brasil e deixe milhares sem emprego de uma hora pra outra? E daí se é uma marca americana, se pagamos aos americanos, ops, estadosunidenses (termo ridículo) para usar uma marca deles?
Mas não, esse pessoal que foi doutrinado por uns professorezinhos marxistas que em lugar de dar aula baseados em fatos dão a própia opinião como se fossem verdade absoluta, acha que tudo que é de fora é ruim. Que Cuba é um paraiso porque não tem McDonald's lá. Ah, vai... mudem-se para lá. Imaginemos que as empresas americanas todas saíssem do Brasil: milhões de desempregados diretos. Milhões de desempregados indiretos, pois sem salário não haveria compra, produção, serviços, nada. Isso é o sonho da social democracia tupiniquim?
Nem discuto mais contra esse pessoalzinho com discurso ensaiado, eles não sabem o que é razão. Eles não aceitam que o muro de Berlim é vendido na internet. Contra gente assim, que ainda vive nas cavernas comunistas de Platão nem dá para argumentar.

outubro 15, 2006

Teorias da Conspiração.

Engraçado como a cada moda que passa, os culpados por todos os problemas mudam. Mais engraçado é que mudam apenas os culpados, os problemas continuam iguais, ou até piores, mas ainda sem solução.
Cresci ouvindo que o problema do Brasil era causado pela alienação provocada pela Rede Globo. Ok, a Globo nunca foi conhecida por conscientizar o povo mesmo, mas culpá-la por problemas que se arrastam de muito antes dela exisitir é meio paradoxal.
Agora, com a moda do livro O Código Da Vinci de Dan Brown, todas as mazelas do mundo passaram a ser culpa de uma obscura organização da Igreja Católica chamada Opus Dei. A Opus Dei existe, é verdade, mas é só um movimento dentro do catolicismo que defende seguir a risca os preceitos Papais. Só. Mas como é uma organização da Igreja e virou a grande vilã de um livro da moda, virou a culpada por tudo de ruim da situação mundial. Antes da Opus Dei, foi a Globo, antes foi o Imperialismo Americano, o Capitalismo, as Bruxas, o Destino, etc, etc. Sempre parece que tem um único culpado para tudo de ruim que acontece. É quase como uma fuga. É uma fuga.
Afinal, se não arrumarem culpados fácies para os próprios erros a alternativa é assumir a responsabilidade por eles. Assumir a responsabilidade pelos erros? Isso é inaceitável! É assumir que estava errado, que cometeu-se um engano, que outro estava certo. Admitir que outro está certo? É mais inaceitável ainda.
Particularmente eu acho isso uma atitude covarde.

outubro 08, 2006

O problema da educação.

Sempre que eu vejo professores reclamando dos alunos, são sempre as mesmas reclamações. Não importa se é escola estadual ou particular, não importa o bairro ou a matéria, os problemas não mudam. Parece até que existe uma única turma e que fica trocando de sala. Além de casos de indisciplina, o problema é a falta de interesse, de empenho. Parece que os alunos estão ali por obrigação, não tem o que fazer, que aquela "perda de tempo" é um castigo. Não sei se posso culpá-los. Estudar pra que?
Nosso atual presidente nunca leu um livro sem figuras. Jogadores de futebol ganham milhões e nem falar direito sabem. Profissionais de diversas áreas não têm o merecido respeito, são esculachados e vivem com medo dos bandidos que infestam nossas cidades. Bandidos que nunca estudaram. Quem imita o comportamento deles em um colégio consegue respeito. Estudar pra que?
Pra conseguir um emprego? Emprego só com nível superior e ainda assim tá difícil. Não há um motivo racional que possamos fazer com que um adolescente se interesse por estudo. Eles são imediatistas, natural da idade, como mostrar que daqui a dez anos ele vai estar num emprego ruim, ganhando mal, e aturando um chefe escroto?
O problema de educação no Brasil nunca vai ser resolvido pela política da educação, mas pela política econômica. Só quando tivermos uma situação onde, pelo menos os melhores e mais esforçados, tenham algum prêmio, algum objetivo teremos alunos interessados de novo. Quando eles souberem que ao sair de uma escola ou faculdade terão chance de trabalhar na área de sua escolha, eles se dedicarão.
Até lá, estudar pra que? Melhor não fazer nada e ter uma esmola de 95 reais do governo.

outubro 05, 2006

Anarquia.

Falar em anarquia é complicado. A prmeira imagem que temos é de um mundo sem ordem, com brigas, estupros, carros queimados. Uma visão do apocalipse com um monte de punks andando em gangues de um lado para o outro. Bom, pelo menos a trilha sonora seria boa.
"Anarquia" significa, literalmente traduzido do grego, "sem-governo". Podemos interpretá-lo como sem o governo interferir na minha vida. Seria, hoje, a interpretação mais certa.
Não há nada mais errado que a visão que nos passam de anarquia como caos ou descontrole. Passam essa visão pois o conceito de anarquia, como filosofia pessoal, é muito perigoso. Se todos soubessem o que é anarquia, ou essa interpretação da anarquia, todos seriam anárquicos. Esse conceito é tão perigoso que uma pessoa pode ser anárquica sozinha, não precisa do outro.
A anarquia consiste em cada um poder fazer o que quiser da própria vida desde que isso não influa na vida de outrem. Claro, faze o que queres mas agüente as conseqüências. O chamado "self goverment", ou "próprio governo". Essa seria a verdadeira utopia, cada um cuidando da própria vida sem a intromissão dos outros e muito menos do estado. Esse pensamento é perigoso, subversivo.
Qualquer governo é repleto de pessoas donas da verdade que sabem o que é melhor para todo mundo. Religiões são baseadas nesse princípio de "eu sei a verdade e o que é melhor para você". Muita gente perderia com o pensamento anárquico. Não haveria mais o poder, o verdadeiro poder de poucos decidirem por muitos. Teríamos governos, leis, polícia e prisões. Mas se o que eu faço não incomoda ninguém, problema meu, ninguém se meteria.
Existem alguns países hoje que chegam bem próximos a esse conceito de anárquia, países como a Holanda e a Suiça. Nesses lugares há leis e respeito às leis, mas o cidadão é livre para fazer o que é melhor para ele, incluindo drogas, aborto e sexualidade. Não atrapalhando, incomodando ou invadindo o direito de outra pessoa, o estado não interfere.
Esses estados funcionam.
A Anarquia funciona.

outubro 02, 2006

Ideologias e fanatismo (parte 2).

O engraçado de se discutir política é que não dá para discutir com quem é de esquerda. Eles são muito, como posso dizer, arrogantes dentro de sua própria utopia. Acham que só eles estão certos, só eles são "politizados".
Nesse caso eu sou alienado. Alienado com orgulho. Por várias razões eu acho que o estado no Brasil, particularmente, tem que ser mínimo. Acredito na individualidade e no mérito do esforço próprio. Esquerdistas-vermelhos-canhotos acreditam no paternalismo do estado.
O pior em uma discussão com esse tipo de gente (sim, agora eu tenho preconceito contra eles) é que eles, como não tem argumentos partem para duas saídas: a demonização dos Estados Unidos e de Israel ou a desqualificação do debatedor.
Essa desqualificação vai desde dizer que não sabemos nada de política, que somos manipulados, alienados até ofensas à nossa inteligência.
Desisti, não discuto com quem não sabe de nada e só fica repetindo frases feitas de 70 anos atrás e que, quando é flagrado sem argumentos, parte para a agressão gratuita.
Segundo eles, eu alienei mesmo, defendo a privatização de quase tudo. Mesmo que seja ao temido "capital estrangeiro" que traz investimentos, gera empregos e nos oferece produtos mais baratos.

Ideologias e fanatismo (parte 1).

Essas eleições foram particularmente estressantes para mim. Detesto me sentir a parte de alguma coisa importante e, por mais que detestemos, política é importante. Por ser professor, conheço muita gente, trabalho com muita gente diferente. Muita mesmo. Com opiniões políticas totalmente diferentes. Agora, com o PT (partido da trambicagem) pela primeira vez - e última, espero - no poder então... a PTralhada ficou louca com medo de perder o osso. Normal, compreensível e justificável.
Nos últimos 4 anos acompanhei vários veículos de informação diferentes, colunistas principlamente, que mostravam muitas coisa antes de acontecerem, a causa e a conseqüência.. Uma das conclusões que cheguei foi a que só entendemos o que está acontecendo mesmo quando acompanhando os meandros sujos das engrenagens que fazem acontecer. Fiquei impressionado como não existem aliados e nem fair play nesse jogo.
Como todo mundo normal, procurei as fontes de informação mais isentas e aquelas que se alinhavam com a minha opinião.
Só que mais importante que opiniões, me peguei muito aos fatos. Como dizia uma professora de História: causas-fato-conseqüências. Hoje eu amadureci politicamente, confirmei minhas piniões e ainda tenho base para defendê-las. Acho que apenas nisso esse 4 anos da PTralhada foram bons para mim.